Temporada de Resultados: Duas Ações Promissoras em Meio ao Cenário Econômico Desafiador

A temporada de divulgação dos resultados das empresas listadas na bolsa já começou, e, diante de um contexto macroeconômico desafiador, os investidores estão atentos aos números do quarto trimestre de 2024 (4T24).

Com a taxa Selic fixada em 13,25% e o dólar em patamares elevados, muitas empresas podem enfrentar dificuldades, especialmente aquelas com dívidas em moeda estrangeira ou forte dependência de importações. No entanto, segundo Larissa Quaresma, analista de ações da Empiricus Research, esse mesmo cenário também abre portas para boas oportunidades de investimento.

Apostas para o 4T24: Porto (PSSA3) e Suzano (SUZB3)

Mesmo diante de um ambiente adverso, o início da temporada de resultados pode servir como um catalisador positivo para algumas ações. Em participação no programa Onde Investir, do Seu Dinheiro, Larissa Quaresma destacou duas ações que podem se beneficiar do atual cenário: Porto (PSSA3) e Suzano (SUZB3).

Porto (PSSA3): muito além de uma seguradora
A Porto vem se consolidando como uma empresa sólida, expandindo suas operações para além do setor de seguros patrimoniais e de saúde, ganhando relevância no setor bancário e de serviços. No 4T24, a companhia manteve uma performance consistente, apoiada por uma estratégia robusta e um modelo operacional eficiente. Isso a torna uma opção atrativa para investidores que buscam empresas bem posicionadas em momentos de instabilidade econômica.

Suzano (SUZB3): beneficiada pela alta do dólar e expansião da produção
Para a Suzano, tanto os fatores macroeconômicos quanto os microeconômicos são favoráveis. Com toda sua receita dolarizada e custos em reais, a disparada do dólar no 4T24 se traduz em margens fortalecidas e maior rentabilidade.

No âmbito operacional, o Projeto Cerrado, a maior linha de produção de celulose de fibra curta do mundo, está entrando em fase de operação. Esse projeto não só amplia a capacidade produtiva da Suzano, como também se destaca pela eficiência e pelo baixo custo por tonelada, consolidando a empresa como uma das mais competitivas do setor.

Com o dólar em tendência de alta e a expansão da produção, Quaresma enxerga um potencial de crescimento contínuo na rentabilidade da Suzano nos próximos trimestres.