Vale (VALE3), Banco do Brasil (BBAS3) e as empresas que impactam seu bolso

Vale (VALE3), Banco do Brasil (BBAS3) e outros gigantes marcam a semana de resultados do 4º trimestre

No quarto trimestre de 2024, a Vale apresentou uma redução tanto nas vendas quanto na produção de minério de ferro.

A mineradora produziu 85,3 milhões de toneladas de minério de ferro no período, uma queda de 4,6% em relação ao ano passado e de 6,3% frente ao terceiro trimestre, embora o desempenho tenha ficado dentro das expectativas do mercado. Apesar da diminuição trimestral, a produção total de minério de ferro da Vale em 2024 alcançou 327,7 milhões de toneladas, o maior volume desde 2018, superando a previsão inicial de 310 milhões a 320 milhões de toneladas. Em dezembro, a mineradora havia revisado suas estimativas para 328 milhões de toneladas.

Para os analistas, a estratégia de priorizar valor em vez de volume é vista positivamente, mas não foi suficiente para impedir a queda na produção e nas vendas totais.

O Bradesco BBI manteve sua recomendação de compra para as ações da Vale, destacando que a estimativa de Ebitda para o 4º trimestre de 2024 deve atingir US$ 4 bilhões. O relatório enfatizou que a melhoria nas perspectivas microeconômicas e a forte geração de caixa devem sustentar o preço das ações da mineradora nos próximos meses.

Já o Itaú BBA, que também recomenda a compra das ações, apontou que o trimestre foi marcado por uma estratégia focada no valor em vez do volume, com a redução de embarques de minério com alto teor de sílica, o que resultou em um aumento no prêmio médio de qualidade do minério da Vale. O preço médio do minério de ferro foi de US$ 93,00 por tonelada, superando levemente a expectativa de US$ 91,70. Embora o preço das pelotas tenha ficado 3% abaixo do esperado, o Itaú manteve sua projeção de Ebitda de US$ 3,9 bilhões para o 4º trimestre.

Banco do Brasil: Expectativa de estabilidade

Para o Banco do Brasil, a XP acredita que o trimestre será desafiador. O crescimento da carteira de empréstimos deve ficar no limite superior da faixa do guidance (entre 8% e 12% ano a ano), o que deve fazer com que a margem com o cliente acelere em relação ao terceiro trimestre, alcançando 11,1% no acumulado anual.

No entanto, a XP espera que a NPL (crédito não produtivo) continue em crescimento, impulsionada pela inadimplência no agronegócio, com uma elevação de 10 bps sequenciais, para 3,4%. Com isso, as provisões devem ficar ligeiramente abaixo da marca de R$ 10 bilhões reportada no trimestre anterior. A XP projeta que as provisões anuais fiquem acima de R$ 36 bilhões, dentro da faixa do guidance de R$ 34 bilhões a R$ 37 bilhões.

Em termos de lucro líquido, a XP calcula um valor de R$ 9,5 bilhões, estável em relação ao ano passado e ao trimestre anterior, resultando em um ROA de 21,2%, com uma leve melhora sequencial. A XP avalia que, embora os resultados do Banco do Brasil sejam sólidos, o lucro líquido se manterá estável devido ao impacto das provisões.

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