Dólar despenca e atinge R$ 5,91 devido à ausência de ações comerciais concretas dos EUA

O dólar iniciou o pregão desta quarta-feira (22) em queda frente ao real, refletindo perdas nos mercados globais e mantendo-se abaixo de R$ 6, à medida que os investidores monitoram as ações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e aguardam possíveis anúncios de novas medidas fiscais no Brasil.

Durante o dia, a moeda atingiu a mínima de R$ 5,915. Por volta das 14h47, o dólar à vista registrava uma queda de 1,56%, sendo negociado a R$ 5,936 na compra e R$ 5,937 na venda. No mercado futuro da B3, o contrato de primeiro vencimento recuava 0,4%, a R$ 6,012.

Na terça-feira, o dólar à vista havia fechado com uma leve queda de 0,18%, a R$ 6,0313.

O Banco Central programou para hoje um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional, com o objetivo de rolar o vencimento previsto para 5 de março de 2025.

Cotações do dólar:

  • Dólar comercial:
    • Compra: R$ 5,936
    • Venda: R$ 5,937
  • Dólar turismo:
    • Compra: R$ 6,06
    • Venda: R$ 6,24

Os mercados continuam atentos ao cenário nos Estados Unidos, onde Trump, em início de mandato, tem assinado uma série de decretos e indicado planos para as próximas semanas. A atenção está voltada principalmente para a política comercial do governo, especialmente após as promessas de tarifas de importação feitas durante a campanha presidencial.

Apesar de ter renovado suas ameaças tarifárias nos primeiros dias de governo, Trump limitou-se, até o momento, a orientar agências federais a investigarem os déficits comerciais dos EUA e as práticas comerciais desleais de seus parceiros.

O analista da Nova Futura Investimentos, Alan Martins, aponta que a queda do dólar pelo terceiro dia consecutivo se deve à abordagem mais gradual e moderada de Trump, com medidas isoladas que diminuem o impacto temido pelo mercado. “Trump segue padrões de seu primeiro mandato, o que favorece investidores institucionais e estrangeiros, que aumentam suas posições vendidas em dólar”, explica Martins.

O analista prevê que o dólar pode atingir R$ 5,960 até o final de janeiro. Caso os dados de arrecadação do governo sejam mais robustos do que o esperado, como sugerido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a queda do dólar pode se intensificar, beneficiando o real.

Ainda não há data confirmada para a divulgação oficial dos dados de arrecadação de dezembro.

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.